sábado, 24 de abril de 2010

Cheirinho das minas gerais




Quem não gosta de pão de queijo quentinho que atire a primeira pedra.
A mandioca realmente é uma dádiva da terra. Dela extraimos produtos, os mais variados, incluindo nosso velho amigo: o polvilho. Doce ou azedo, fino ou granuloso, as biscoiteiras garantem que o feito na roça é melhor, "os quitutes ficam uma beleza"... Como não é sempre que se pode encontrar um bom polvilho recém trazido da roça, nossa ilustre amiga Neide Rigo, do Come-se, ensina a fazer um fresquinho, em casa mesmo. Vale conferir. Em outro post, ela explica sobre a diferença entre o doce e o azedo. A receita do pão de queijo de liquidificador (foto), está aqui. Eu usei polvilho azedo, em vez de doce, e o da foto era com queijo de araxá meia cura ralado por cima.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Família saborosa

A família é a mesma, cada qual tem sua gostosura e os dois juntos se completam e formam a já clássica mistura: chocolate e cupuaçu.
Theobroma cacao é o cacau e Theobroma grandiflorum é o cupuaçu. Este último é nativo da Amazônia e o cacau é nativo da América Central e Brasil. Do cacau é feito o adorado chocolate e do cupuaçu, nasce o cupulate. Cupulate é o produto feito da manteiga do cupuaçu. As sementes do cupuaçu são fermentadas, secas, torradas, descascadas e moídas, transformando-se num produto com sabor, textura, aroma e valor nutritivo similares ao do primo famoso mundialmente.
O casamento dessas duas sementes, o cacau e o cupuaçu, se mostra delicioso em bombons, tortas; e nessa versão mousse, o elegante par preto e branco também não fez feio. A mousse de baixo é com chocolate meio amargo e a de cima, com cupuaçu, mais raspinhas de chocolate pra deslizar no céu da boca com a massa aerada doce, azedinha e amarga na medida certa.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Não tem pão? Comam brioches...

Se ela falou ou não, não vem ao caso. Mas, Maria Antonieta sabia o que era bom. Um brioche recém saído do forno, quentinho, com manteiga derretendo na fatia e uma boa xícara de café... eu podia viver disso pra sempre. Aliás, se eu tivesse que escolher 5 coisas pra comer o resto da vida, seriam: pão, azeite, vinho, queijo e castanhas. O pão podia ser o brioche, o azeite, um bom extra virgem, o vinho, um pinnot noir, o queijo, um minas meia cura e as castanhas do Pará. Viveria feliz para sempre...

















Brioches nos formatos nanterre (na frente) e parisiense (os gordinhos do fundo)

você vai precisar de:

- 1kg farinha de trigo

- 50g fermento biológico fresco*

- 150ml leite morno

- 150g açúcar

- 250g manteiga sem sal**

- 6 ovos

- 10g sal

*para a equivalência com o fermento biológico seco, basta usar 1/3 do recomendado para o fresco.

** temperatura ambiente

Prepare assim:

  1. Dissolver o fermento com o leite morno. Reservar. Peneirar a farinha, o sal e o açúcar sobre uma bancada ou tigela grande, misturados. Fazer um buraco no centro do monte e juntar, aos poucos, o leite com o fermento e os ovos. Ligar bem os ingredientes. Sovar a massa até que ela fique ligeiramente pegajosa e elástica, mas já desprendendo da bancada ou da tigela. Abrir a massa e espalhar cubos de manteiga em cima. Amassar para que os ingredientes se misturem. Bater a massa contra a bancada ou tigela, puxando-a para cima. Seguir sovando até que a massa fique lisa e homogênea.
  2. Polvilhar a superfície da massa com farinha, colocar em um recipiente e cubrir com um plástico filme, deixando descansar, em temperatura ambiente, por aproximadamente 1 hora ou até dobrar de tamanho.
  3. Achatar a massa para retirar os gases, trabalhar a massa por mais 1 minuto e levar à geladeira por no mínimo 1 hora, coberta com filme plástico. (Para um melhor resultado, deixar descansar na geladeira de 12 a 24 horas).
  4. Retirar a massa gelada para utilizar. Cortar no formato desejado (podem-se fazer bolotas e encaixá-las numa forma de bolo inglês ou usar forminhas parisienses parecendo florzinhas, tranças), e deixar fermentar até que dobre de volume. Pincelar a superfície com ovo batido, com cuidado. Levar ao forno pré-aquecido a 180° C por 20 minutos ou até que fiquem dourados.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Brownie amargo com castanha de caju

Chocolate pro friozinho gostoso que acomete nossas minas gerais: brownies de chocolate amargo e castanha de caju. Com café bem forte e sem culpa pra comer.

















você vai precisar de:
-250g de chocolate amargo
- 150g de manteiga sem sal
- 320g de açúcar (2 xícaras)
- 4 ovos
- 1 colher chá baunilha
-120g farinha de trigo (1 xícara)
- 1 xícara de castanha de caju picada grosseiramente

- especiarias a gosto: canela, gengibre, o que você achar que combine e agrade seu paladar.

faça assim:

Preaqueça o forno a 180°C e unte a forma com manteiga e cacau. Fica uma delícia. Derreta o chocolate e a manteiga (em banho-maria ou no microondas). Junte os ovos, um a um, e bata misturando bem. Junte o açúcar, as castanhas e a baunilha. Acrescente a farinha e as especiarias por último. Leve ao forno por + ou - 30 minutos. Deixe esfriar na forma e corte em quadradinhos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Botecando

Tira-gosto em homenagem ao evento mais popular das ruas de BH até o dia 09 de maio: Comida di Buteco. Mesmo sem jiló - a estrela do evento esse ano, usada por todos os bares participantes em seus tira-gostos concorrentes -, cubinhos de queijo minas meia cura bem temperadinhos, pimenta biquinho em conserva e uma folha de manjericão fresco fazem uma ou duas bocadas renderem um prazer perfumado, que combina bem com uma cerveja gelada, um chopp cremoso... Semana que vem estarei em BH e depois conto sobre os botecos e os petiscos deliciosamente amargos.

















Brochete de queijo minas meia cura marinado em azeite, ervas, pimenta calabresa e páprica picante defumada; pimenta biquinho em conserva e manjericão

domingo, 11 de abril de 2010

Filé com purê de batata e farofa de bacon

Prato sem qualquer pretensão, mas extremamente saboroso, se bem executado. Um filé no ponto certo, aquele purê levinho, que parece flutuar no céu da boca e uma farofa crocante e cheirosa. Pimentas biquinho dão o ar da graça junto com as cebolinhas, ótimas companheiras para um prato assim: simples e prazeroso.


















você vai precisar de (para 4 pessoas)

- 4 tornedores de 200g de filé
- 4 batatas grandes
- 200g de manteiga pomada
- 200ml de leite integral
- farinha de mandioca
- 150g de bacon
- 1 cebola média
- 1 dente de alho
- cebolinha q.b.
- pimenta biquinho q.b.
- azeite
- sal e pimenta q.b.

faça assim
Cozinhe as batatas até ficarem macias. Ar0matize a água do cozimento com o que quiser, folhas de louro, dentes de alho, etc. Enquanto isso, pique o bacon em quadradinhos pequenos e frite em uma frigideira antiaderente. Retire o bacon e reserve. Sue a cebola no óleo que sobrou na frigideira. Depois o alho. Junte a farinha de mandioca, o bacon reservado e toste até que mude ligeiramente de cor. Acerte o sal, a pimenta. Desligue o fogo e junte a cebolinha. Agora, vamos às batatas. Descasque e amasse as batatas ainda quentes. Volte-as pra panela e adicione um terço da manteiga e do leite e mexa, d-e-l-i-c-a-d-a-m-e-n-t-e. É, bem devagarinho, com carinho mesmo. Batatas não gostam de confusão, há de se ter delicadeza com elas. E assim vá fazendo com os outros dois terços de manteiga e leite até que o purê esteja leve e homogêneo. Se preferir uma textura mais dura ou mais molenga, aumente ou diminua a quantidade de leite. Acerte o sal e reserve. Sele os tornedores sem sal nem pimenta, em frigideira muito quente, com um fio de azeite ou óleo. Doure todos os lados da carne até o ponto desejado e salgue depois de pronta. Ela fica mais suculenta. Na ocasião, eu me encontrava absolutamente a pé de qualquer molho ou similar, mas só o suco da carne já valeu para unir as guarnições à carne de maneira fantástica. Mas, se você tiver um demi-glace ou redução de vinho, cai bem com esse trio aqui.