segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais tempero pra sua quinta-feira em Itaúna

A partir do próximo dia 24, toda quinta-feira tem Bistrô Jardim Gourmet.
Cardápio diferente toda semana, bebidas selecionadas e ambiente único.
Mais tempero pra sua quinta-feira em Itaúna!
Reservas: 3242 3209 / 9983 4156 ou contato@jardimgourmet.com.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quer queijo?

Todo mineiro que se preza sabe apreciar um bom queijo. E aqui nós temos vários tipos, dignos de figurarem nas mais especiais mesas e celebrações. Massas cozidas, semi-cozidas, feitos com leite cru, frescos, o meia-cura, os muito curados, a variedade é enorme e vale cada pedacinho.
Difícil é escolher qual deles levar para a cozinha e para a mesa do café. Meus favoritos são os de leite cru, patrimônios do Estado e do país, que encontram apenas dificuldades ao tentarem se difundir Brasil afora. Um absurdo. Tombado pelo IPHAN como Patrimônio Cultural do Brasil, o queijo feito a partir de leite cru não pode sair do estado devido a uma legislação falha que clama por uma adequação à nova realidade dos produtores e da economia. Segundo a Emater-MG, há 27 mil famílias envolvidas na produção desse queijo em todo o Estado.
Essa reportagem da Folha fala sobre o risco que nosso patrimônio corre de desaparecer.
E aqui nosso ilustre doutor e defensor do queijo de leite cru, Carlos Alberto Dória, fala sobre isso também.

Para quem ainda não viu, Helvécio Ratton fez um documentário sensacional sobre os queijos daqui: "O mineiro e o queijo". Aqui em cima uma fatia do documentário.

Outro absurdo é o descaso que nós mesmos, mineiros ou não, muitas vezes sem perceber, temos com relação ao nosso próprio produto. É comum preferirmos as opções do Velho Mundo em detrimento de nosso querido e tão saboroso queijo artesanal, quando se trata de uma "seleção de queijos finos". Eu mesma vendo no buffet essas seleções cheias de 'primos' gringos, apesar de sempre 'encaixar' um queijinho mineiro. Descaso! A partir de agora, vou oferecer a "Seleção de queijos finos mineiros", fazendo jus ao nosso terroir e às mãos abençoadas dos produtores que merecem todo o nosso respeito e admiração.

"Seleção de queijos finos" do Jardim Gourmet, com o nosso glorioso Araxá e suas lindas olhaduras ('furinhos') - esses cubinhos bem aqui na frente (com um morango por cima), figurando ao lado de um Tilsit (queijo alemão com kummel), Gouda (holandês), Grana Padano (Itália), Gorgonzola (Itália) e Chancliche (árabe).


Quanto aos distintos sabores, texturas e funções, aqui vão minhas preferências pessoais, lembrando que há uma infinidade de aplicações para nossos queijos na gastronomia. E quando digo infinidade é no sentido literal da palavra.
O queijo de Araxá, gosto dele picado bem miudinho, dentro de uma xícara de café fumegante. Mania herdada do meu avô paterno - que nem era mineiro e eu não cheguei a conhecer - e que meu pai vivia fazendo pra gente (eu e meus irmãos) quando éramos pequenos. Acabei gostando dos minúsculos pedacinhos de queijo, bem molinhos pelo calor do café... a gordurinha que eles soltam deixam o café mais gostoso... e o cheiro? Coisa linda das Minas Gerais.

Os do Serro são bons de comer puro pra sentir sua boa acidez ou então com um belo naco de goiabada cascão ou doce de leite de colher.

Os da Serra da Canastra e os do Alto Paranaíba são bons já bem curados, com a casca durinha, amarelada, e o miolo bem cremoso. Ficam uma delícia derretidos dentro de um pão tostado com manteiga.

 Queijo artesanal de leite cru feito por meu saudoso pai. Ele me mandou esse queijo quando eu ainda morava em Floripa. Deixei o queijo curando uns 15 dias, sem mexer na casca, aproveitando as temperaturas amenas do Sul. Estava delicioso, a casca ficou parecendo a de um brie, e o miolo molinho...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lembrancinha é pra ficar na memória

Lembrança é algo que fica na memória. E pra ficar na memória há de ser algo especial.
Bem-casados, bem-nascidos e bombons, nada contra, pelo contrário, adoro quando são bem feitos e saborosos. Mas, cá pra nós, comer as mesmas coisas em toda festa ou ocasião especial não deixa nada na memória...
Já incomodada com isso, quando minha sobrinha Duda nasceu, para fugir do óbvio, fiz as lembranças do nascimento bem diferentes. O resultado foram caixinhas elegantes e lindas com cupcakes delicados e gostosos.
A mamãe ficou super satisfeita e, mesmo depois de dois meses, até hoje comentam do bolinho de limão...
E como nossa intenção é transformar momentos especiais em algo realmente memorável, nossas lembranças são assim. Se houver um desafio para se criar algo totalmente novo, melhor ainda!

 Esse cupcake era de limão com cobertura de baunilha